Everdingen, "Bachus with Nymphs and Cupid", c. 1660
Sóbrio?
Sóbrio para quê?
Aqui e agora
Há apenas isto.
Vês nisto alguma maldita
Sobriedade?
Será que há,
Na primariedade
E na nossa animalidade
Alguma sobriedade?
Há apenas insinceridade
Temporalidade e vanidade.
Estamos, na verdade,
Todos bêbados.
Há, na nossa passagem
Algo genuíno?
Ou haverá solidão
E a nossa triste,
E infelizmente condicionada,
Bestialidade?
1998
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